Sim Benedito. Imagem via Google

Quando criança queria ser vendedora de sorvetes, trabalhar em escritório ou ser professora.
Na adolescência queria ser geóloga, paleontóloga ou arqueóloga.
Na vida adulta me tornei Analista de Sistemas (só no diploma porque ainda não exerci a profissão), e Funcionária Pública.
Quando criança sonhava que meu pai teria um carro e que eu colocaria os pés no painel enquanto saborearia um copo enorme de sorvete.
Na adolescência sonhava com meu carro, um New Beatle, que claramente compraria logo após o Ensino Médio com meu ótimo salário.
Na vida adulta comecei a guardar dinheiro para um carro, pois não quero ficar com dívidas... Talvez eu compre um carro popular daqui há alguns anos.
Quando criança achava que me esforçava muito na escola por isso sairia na frente de outros colegas.
Quando adolescente achava a mesma coisa, mas com o plus de que fazia de informática e profissionalizante de auxiliar administrativo, e claramente conseguiria um emprego ótimo.
Quando adulta, após o Ensino Médio, fiquei 3 anos sem conseguir emprego, e só consegui um, através de concurso público.
Spoiler da vida adulta: A maioria das coisas que planejamos, ou saem diferente, ou não saem, porque a vida não é planejável, e não é controlada por nós.
Eu sinceramente até a adolescência acreditava de olhos fechados em todos os planos traçados por mim, o bom de tudo ter saído diferente é que aprendi a ser mais humilde e menos sonhadora. Acrescentei um pouco mais de realismo no meu dia-a-dia.
Lógico que existem excessões, pessoas que sonham com algo e dá certo, mas, desculpe te decepcionar, na maioria das vezes não dá.
Mas não encare de forma ruim. Muitas coisas que julgamos serem boas para a gente. não são boas, só nós achamos que são.
Por isso agradeço muitos planos frustrados, pois não iam mesmo dar certo.
Antes, fazia minha metas para o novo ano, hoje só desejo saúde para mim, para minha família... O resto não importa muito, se acontecer legal e se não ok.
Isso não quer dizer que tenhamos que desistir dos sonhos, eu não desisti de muito dos meus, mas com certeza é para se pensar: não fique mal pelas coisas não acontecerem da maneira que você quer e sonha. Elas normalmente não acontecem, ou, não acontecem no momento em que queremos.
Pessoas entre 15-18 anos, se acham invencíveis, e já fui uma delas, que tinha um plano traçado de vida rumo ao sucesso. Tudo saiu diferente, mas a vida acabou me ensinando o valor de muitas coisas necessárias.
Sigo a vida menos exigente, com a certeza de que tudo que nela se encontra é o melhor que poderia ser feito para mim.