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Talvez fosse a neblina, ou o clima frio que se apossava do seu corpo, mas acordara triste e depressiva esta manhã.
Olhar o dia que não aproveitaria para si era deprimente.
Queria dormir mais, olhar o sol que há muito nascera, e ficar só.
Estar com tantas pessoas e ao mesmo tempo estar sozinha é o pior dos castigos, pensava ela.
Ouvir vozes a julgar, a comentar e a difamar coisas que não são um por cento importante é devastador.
Ter um coração tão grande e poucas pessoas o ocupando é sofrível.
Porém, mesmo com tantos sentimentos lutando para sair de dentro de si, ela saira de casa com uma esperança.
Esperança de mudança.
As vezes no caos pode-se encontrar a luz que ela procura.
A luz que alivia, a luz que ilumina.
Em meio a tantos encontros e desencontros dessa vida conturbada, e pessoas que vão e vem, e as que ficam se tornam um ponto de interrogação, mas na maioria do tempo, se tornam um parenteses aconchegante em meio a uma história direta.
Quem entende os sentimentos arrebatadores desse ser considerado estranho, conhece alguém diferente porém normal, que ama demais.
Sair de casa em uma segunda-feira de manhã pode ser uma aventura, bem monótona às vezes e bem divertida em outras, mas o ato de acordar depende muito de tudo que levamos na bagagem, no essencial, amigos e esperança.