Douloureux
18:15:00
Andamos juntos, nós e a solidão, ouvindo Yellow Moon de mãos dadas.
E enquanto a música toca, o cérebro começa a inventar milhões de pensamentos. Os já passados e os que nunca aconteceram, e nesses me perco.
Em uma folha em branco, vejo você escrevendo para mim, um dia feliz, um dia indiferente.
Vejo você vindo me ver, e enquanto me abraça, seu rosto muda mas eu não percebo.
Você lê minhas mensagens, mas as ignora.
Eu estou longe, mas você não nota.
A paisagem me causa delírios e me vejo em cenas provavelmente impossíveis.
Me torturo com pensamentos possívelmente improváveis.
Carrego culpas, talvez que não sejam minhas.
Me perco no tempo...
Observo demais.
Em uma estrada, estou sozinha, percorrendo o caminho e observando a vida nela.
As vezes surgem flores, outras vezes feras medonhas e não enxergo o fim.
As vezes me canso, em outras me alegro para conhecer o final da estrada.
As vezes encontro pessoas, na maioria do tempo sigo só, por este caminho.
Sofro, choro invisivelmente.
O caminhar cansa e machuca, isola, detém.
No entanto, entre o caminhar rotineiro, sempre estamos juntos eu, a paranóia e a solidão.
E é essa última, aquela que sempre poderei chamar de irmã.
-Daiane C Silveira
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