O trabalho liberta

De caráter documental, esse livro reúne relatos de testemunhas oculares do antissemitismo alemão nos anos 30/40.
Relata princialmente o julgamento de Victor Capesius, farmacêutico na farmácia do campo de concentração de Auschwitz, é acusado principalmente de armazenar as latas de Zyklon B, veneno utilizado nas câmaras de gás e também participar das seleções de judeus na plataforma de desembarque.
De maneira minusciosa, Capesius tenta contornar sua situação alocando testemunhas, criando situações e rearrumando datas para se livrar da condenação.
Os vários judeus sobreviventes, muitos inclusive conterrâneos de Capesius relatam que o viram dentro de Auschwitz-Birkenau, inclusive selecionando conhecidos para a morte.
O terror dos crematórios, das valas e das câmaras de gás, é contado em detalhes que somente quem viveu aquilo poderia saber contar.
O dia-a-dia dos milhares de prisioneiros da máquina da morte, o destino de mulheres, crianças e idosos, a alimentação extremamente precária e a luta pela sobrevivência de milhares de pessoas.
A culpa é realmente somente e exclusiva dos alemães? Houve negligência?
Nesse livro vi que muitas histórias que são contadas a partir do ponto de vista de somente um lado ficam distorcidas, e que o viver é realmente extraordinário.

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