Madeleine Rosenbolt

07:47:00


Mãos gélidas pela brisa fria, rosto pausado pelo pavor.
Madeleine sempre soubera que não poderia entrar sozinha na mansão abandonada do Sr. e Sra. Macoy.
Entretanto, uma pequena e curiosa criatura não se conteria a emoção dessa proesa.
Meados de 09 de janeiro de 1920, pequena vila de nome Port Marc. A neve do inverno cobria os campos nessa vila no norte dos EUA.
A pequena Madeleine passava as tardes fazendo bonecos de neve e brincando com suas bonecas de porcelana.
Em uma dessas tardes algo de novo aconteceu, uma família chegou com sua mudança na casa ao lado.
O que chamou a atenção de Madeleine foi o pequeno menino que agarrava com força as mãos da mãe.
Alguns dias depois e as tardes de Madeleine eram entretidas não só na produção de bonecos de neve, mas também pelo sorriso gracioso de Peter.
Um menino doce, com cabelos negros e face rosada que ao sorrir produzia dois furinhos graciosos no rosto.
Madeleine e Peter faziam anjinhos na neve ou caçavam os gatos da Sra. Churchil...
Tardes alegres e felizes.
Por acaso, em uma tarde gelada, a mãe de Peter e de Madeleine precisaram sair e pediram a ajuda da Sra. Churchil para cuidar deles até elas voltarem.
A doce senhora, viúva, se encarregou da missão que lhe impuseram.
Então, sentaram em frente a lareira, cada um com sua caneca de chocolate quente, então ela propôs narrar uma história.
Ambas crianças acenaram positivamente com a cabeça e sorriram.
"A história chama-se: O terrível caso dos Macoy"- disse a anciã.
-Saibam pequenos, existe uma mansão logo após o outro quarteirão em um terreno baldio, a casa dos Macoy. Não se pode entrar lá.
"Por que não?"- perguntou Peter.
-Por que há muitos anos atrás o Sr. e Sra. Macoy sonorizavam nossas noites com os rituais que praticavam. Alguns curiosos chegaram para lá espiar...
Entre eles um pequeno menino.
Em uma certa noite o casal teve um ataque de loucura e mataram o menino para utilizar em um desses rituais, e deram fim a própria vida logo em seguida.
Por isso ninguém deve se aproximar daquele lugar que julgam amaldiçoado.
Os dois pequenos se entreolharam, quando toca a campainha. Eram as mães das crianças.
Após agradecer se despediram.
Claire Churchil não deveria ter contado essa história, presumo.
Na manhã seguinte, Madeleine acordou e se arrumou, após o almoço saiu para esperar Peter. Ele não apareceu naquela tarde.
Na tarde seguinte também.
Soube por sua mãe que Peter havia desaparecido, mas Madeleine imaginava onde Peter fora, a casa dos Macoy.
Após pegar seu casaco, saiu escondida da mãe em direção a tal mansão.
Ao chegar, viu um dos sapatos de Peter. Agora tinha certeza de que ele estivera ali.
Abriu a porta da frente, estava tudo escuro. Subiu uma escada devagar...
Ouvia os risos de Peter...
Abriu a porta de um quarto quando viu Peter morto no chão...
Entrou em choque e não conseguia se mover.
Logo atrás algo a acertou.
Naquela vizinhança de Port Marc, jamais se ouviu novamente as risadas graciosas de Peter e Madeleine...
Já não se construíam bonecos de neve.
E não se descobrira o segredo da mansão Macoy.

-Daiane C Silveira

You Might Also Like

4 comentários

  1. Que história cabulosa. De certo foram os satanistas rs. foi você quem escreveu? é interessante, açucaradamente misteriosa e envolvente a cada linha.

    Continue postando essas coisas legais para nós.
    Obrigado!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada Patrick rsrsrs fui eu que escrevi sim... rsrsrs bjo

      Excluir
  2. Leitura eletrizante, narrativa fácil, um resgate de um estilo literário

    ResponderExcluir

Estarei respondendo em breve ♥

About me

Todos os textos assinados com "Daiane C Silveira", são escritos por mim, assim sendo, não podem ser copiados a menos que se identifique o autor.
Não copie isso é CRIME!

TOTAL DE VISUALIZAÇÕES DA PÁGINA

CRÉDITOS

Algumas imagens aqui utilizadas não são de minha autoria. Nesse momento: A imagem da página contato, e o layout. O autor do template consta no rodapé, e o autor da fotografia não encontrei o nome para dar-lhe o devido crédito.
-Daiane C Silveira