O Tic-Tac para o Inferno

12:34:00




Os olhos do relógio me olham
num tic-tac inconstante me apunhalam
como padecer num sofrimento eterno
contado aos minutos e aos segundos no inferno

O relógio possuiu minha alma,
prendeu minha respiração,
matou minha sede, minha vontade...
Tirou minha razão.

Contou o tempo para minha morte,
morte que já havia me tomado nos braços
que havia me tirado a cor dos lábios
e me levado a seu lado.

Aos poucos a flor murcha,
a face perde a cor,
os olhos perdem o brilho,
por um tic-tac que soou.

Por um tempo que passou.
                    
                       


   -Daiane C Silveira



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2 comentários

  1. O tempo não perdoa ninguém, é a cura, é a tortura e também é o que nos ensina a lhe dar com as coisas. Ele é tudo isso, mas sempre vai depender do que queremos enxergar. Lindo poema,

    Beijos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada Patrick! Gostei da sua "reflexão". No caso do poema acima é o tempo me torturando rç

      Excluir

Estarei respondendo em breve ♥

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