Hoje estava comumente acessando uma de minhas redes sociais, de repente me dei conta que faz um 

certo tempo que não penso na morte.

Faz tempo que não a vejo como algo inerente a humanidade, algo atrelado a vivência. 

Neste momento da minha vida estive vendo o futuro e planejando o que será de mim daqui para frente, deixei meus escritos de lado, comecei uma intensiva dieta e trabalho de mente e corpo, e estou me sentindo esgotada (fisicamente na maioria das vezes), mentalmente de vez em quando.

As vezes parece que quero adiantar o relógio para que os dias comigo mesma cheguem, e sejam intermináveis. 

É difícil se obrigar a conversar, em uma época que você só quer e precisa de si mesma.

Talvez por essa excessiva investida em meu ego, fiquei egoísta perante a todas as outras coisas ao meu redor, esqueci a vida na sua plenitude e me reservei aos instantes em que estou mais presente nela.

Estaria eu fazendo errado?

Me permito a sonhar de vez em quando, mas meus focos são bem mais realistas.

Em uma das minhas caminhadas em um ponto alto da estrada, o vento batia forte, o que fez com que meus fones de ouvido saíssem de minhas orelhas e meu podcast em inglês perdesse totalmente o sentido.

Nesse momento, olhei ao longe e percebi o quanto o sol da tarde estava lindo naquelas montanhas e naquele capim seco que parecia ser dourado. Não me contive, e precisei capturar esse momento como vocês podem observar na fotografia acima.

E nessa foto podemos ver o tamanho do mundo, e quão lindo ele é. O céu azul, mesclado com a poeira baixa, e as montanhas com a tonalidade azul. Precisa muito para sentir-se assim.

Você pode ver uma bela fotografia, apenas uma imagem, ou contemplar a poesia que ela transmite.

Sentir tudo isso não me faz ser uma pessoa prática, mudando de gostos radicalmente, e que agora começa a transmitir, ou poderia dizer, exalar absolutamente a sensibilidade em sua vivência.

Minhas séries e livros, minhas pesquisas no Youtube, tudo isso voltado exatamente para o que venho sentindo agora.

E que estado de espírito esse meu.

Assumi minha identidade, estou planejando dois futuros, e de qualquer forma me conformando com qualquer um deles, tendo uma fé imensa que um deles se tornará realidade.

Assistindo Gilmore Girls, ficando mais magra, e prestes a ler o clássico Um Sol é Para Todos.

-Daiane C Silveira