Um dia me perguntei o que seria a felicidade.

Deduzi que ela não depende de valores altos ou cifras incontáveis.

Percebi que mesmo sem vê-la, se pode sentir.

E que varia de pessoa para pessoa.

Para alguns felicidade é um sinônimo de acumulação e bens materiais.Para outros ela está interligada com outro sentimento,o amor.

Alguns só são felizes quando seus sonhos vão se tornando conquistas ou quando se está cercada de pessoas.

Algumas pessoas são felizes com a simplicidade de criar seus filhos e preparar o café da manhã.

Outras já são mais exigentes e precisam de utopias para serem felizes.

Felicidade...

Bom, ser exigente com esse sentimento é complicado (sei disso porque sou uma das).

Eu não sou feliz em simplesmente preparar o café da manhã, eu tenho que preparar o café da manhã e escutar uma música para ser feliz.

Eu não sou feliz em viver um dia, mas vivê-lo trabalhando,estudando me esforçando para mudar as condições atuais de vida.

Eu meio que sinto felicidade na evolução. E em coisas simples também. Ouvir música e ler são duas coisas que me deixam feliz.

Fotografar e andar de bike são atividades incrivelmente positivas pra mim.

E isso tudo que citei, para outros não significa absolutamente nada.Por isso digo que felicidade é algo relativo.

E a tristeza seria a ausência da felicidade? Nem sempre.

Você pode estar triste e continuar feliz, porém no momento de tristeza a felicidade ou os motivos que te fazem feliz são colocados em segundo plano, por que naquele momento seu cérebro tenta entender o porquê da tristeza e resolvê-la.

Existem tribos e grupos de seres humanos que não tem contato com o homem moderno e o que nós temos por felicidade, não é o mesmo que eles têm.

Vivendo nus ou adornados com osso, ouvindo canções tribais passadas de geração para geração, sem qualquer tipo de acesso com outro povo pelo mundo através da tecnologia da informação, mesmo assim tem suas atividades, tradições e lazer que lhes garante a felicidade.

O que concluo a partir disso é que a felicidade é proporcional ao tamanho do conhecimento.

Quanto mais conhecimento menos felicidade, não generalizando é claro, existem pessoas sem conhecimento e infelizes e esclarecidas e felizes,porém eu vejo da seguinte forma:

Um jovem que não sabe da existência de um determinado tênis não vai ter o desejo de possui-lo e portanto, se não possui-lo não ficará frustrado com isso. Já o mesmo jovem, conhecendo esse tênis e não tendo condições para adquiri-lo ficará frustrado e poderá ter infelicidade por não conseguir obtê-lo.

Da mesma forma as tribos citadas acimas não tem conhecimento de mundo e do que o homem moderno possui.

Podemos relacionar a felicidade à inveja por exemplo.Alguns só são felizes quando obtém algo melhor do que as outras pessoas.

Com o conhecimento obtido através dos milênios, a felicidade vem também mudando junto com o ser humano.

Na pré-história o homem se alegrava ao conseguir fogo e alimento.Hoje a felicidade não depende só de condições existenciais e de sobrevivência, a felicidade pe algo mais palpável e material.

Porém, uma falsa felicidade, ou felicidade ilusória já que após a conquista desses bens,precisa-se de outros, é um ciclo sem fim.

Eu ligo a felicidade aos sonhos, o que se torna algo mais sentimental.Fico feliz ao conseguir algo que sonhava.Vivo aquela felicidade, fico feliz ao lembrar dela.

Lembranças e sonhos são um elo com a felicidade.

Porque o ser humano só será feliz quando perceber que a felicidade depende de coisas abstratas e não materiais, depende de recordações que nos fazem viajar nos momentos mais significativos de nossas vidas.

 

-Daiane C. Silveira