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Ouço o despertar do relógio 05h40m da manhã. Ainda tenho sono e o trabalho que tenho não me empolga a acordar.
Meu maior sonho é trabalhar na área em que escolhi para começar minha vida: TI.
Sem sucesso e avanço nesse sonho por enquanto, mas sem desistir de traçar caminhos para alcançá-lo.
Bom, vou me apresentar. Para os que não me conhecem ou não acompanharam alguma vez o blog, me chamo Daiane, sou atendente em um posto de saúde da minha cidade e graduada em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
Tenho 23 anos mas minha mente paira nos 17. Tenho amor por livros, fotografia e animes.
Mas vamos voltar ao foco da minha rotina.
Devo acordar porque sou responsável o bastante para ignorar o trabalho e dormir.
Moro aproximadamente uns 4 km de distância do trabalho, entro às 7, mas espero o transporte perto de casa.
Nesse momento meu horário de expediente é das 7 às 15h SEM HORÁRIO DE ALMOÇO, focando.
Bom, atendo as pessoas que irão passar nas consultas pegando prontuários e etc. Algo que não tem absolutamente nada a ver comigo.
Continuo aqui pela seguinte situação: Mudanças de vida exigem estudo, estudo exige dinheiro e dinheiro provém do trabalho: Simples!
Não tenho muita sorte em arrumar emprego, então pretendo permanecer nesse até conseguir outro.
Na hora do almoço, os corredores do hospital cheiram à limão e de vez em quando álcool.
Minha sala cheira papel, e minhas mãos ficam pontilhadas de tinta de caneta.
A sala do dentista cheira sala de dentista mesmo.
As vezes vejo pessoas mal e isso não me agrada. Crianças choram pelas vacinas ministradas, e adultos pelos diagnósticos ruins.
O clima é meio pesado e humanas nunca foi uma escolha, foi meio que uma imposição eu diria.
Raramente encontro alguém bem humorado para atender, normalmente os pacientes não tem paciência alguma e sempre trago um livro para as horas vagas porque me sinto muito sozinha aqui.
Tem o negócio da culpa também: se algum médico falta, ou se acabam as vagas para consulta, ou qualquer outra coisa que aconteça no universo se torna automaticamente culpa minha.
Também tem o lado bom... Fiz algumas amizades, aprendi algumas coisas sobre medicina e outras coisas do tipo.
É um tipo de experiência também.
Mas o problema é que eu sou uma pessoa do tipo facilmente impressionável e emocional, não indicada para hospitais e PRINCIPALMENTE necrotérios.
Minhas horas felizes são as horas que saio do trabalho, a hora que chego em casa, os fins de semana e as férias.
Bom mas tenho de contar que: saio às 15 e vou esperar o transporte no centro da cidade por aproximadamente 2h.
Sim eu fico tipo 11 horas fora de casa.
Ultimamente meus dias de segunda à sexta após o trabalho tem se resumido em comer e dormir até o dia seguinte.
Vou começar inglês, e é uma vergonha para mim ainda não saber esse idioma mesmo tentando sozinha. Acho um máximo autodidatas.
Uma das situações mais frustantes é tentar mudar sua vida, ter uma profissão e se esforçar e mesmo assim não sair da estaca zero. Mas vi que não sou só eu.
Muitos terminam uma graduação e não encontram emprego. E o lugar em que vivo, aliás a região inteira não me favorece.
Mas sabe eu não vou desistir, tenho uma teimosia adolescente daquelas de descobrir o mundo com as próprias mãos.
O segredo é não se deixar abater pela ausência de sorte que as vezes temos na vida. Acredito em Deus, sei que de alguma maneira tudo isso tem um propósito. E vou seguindo.
Tem pessoas que nem mesmo tem um emprego...
Assim que entrar no inglês e começar a sentir o clima de tudo faço um post para os leitores que querem se aventurar no curso.
O inglês vai ser um dos meus passos rumo ao tão almejado emprego em TI.
Essa é minha rotina diária, entre realidade e devaneios utópicos vou seguindo...
Mas vou contar-lhes um segredo: Sou viciada em cheiro de livros e cadernos, no clima de estudos e trabalhos acadêmicos, nos movimentos em meio a mochilas e canetas. Talvez por essa razão gosto de estudar, e não penso em parar tão cedo.
Vou provar a mim mesma que o conhecimento pode mudar rumos, aliás acredito fielmente nisso.
-Daiane C Silveira